Brasil tem segundo maior crescimento do PIB entre 53 países

27/09/2024

Desempenho no 2º trimestre de 2024 foi puxado por investimentos e pelo setor industrial

O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil atingiu 1,4%  no segundo trimestre, conquistando o segundo lugar em um ranking de 53 países divulgado pela agência de avaliação de risco Austin Rating. O Brasil registrou o mesmo resultado que Arábia Saudita e Noruega, ficando atrás apenas do Peru, cuja alta do PIB no período alcançou 2,4%.

Desempenho Econômico Brasileiro no 2º Trimestre de 2024

O desempenho brasileiro de abril a junho de 2024 superou as expectativas do mercado, que previa um avanço em torno de 1%, e ficou bem acima da média global de 0,4% no período. Pelo ranking da Austin Rating, o resultado do Brasil ficou à frente do registrado por países europeus no mesmo período, como Holanda (1%), Espanha (0,6%), Alemanha e a França (0,3%), Itália e Reino Unido (0,2%). Os PIBs das duas maiores economias do mundo, Estados Unidos e China, ficaram em 0,7%.

Fatores que Impulsionaram o Crescimento do PIB

O crescimento foi puxado pelo investimento em máquinas e equipamentos, a chamada Formação Bruta de Capital Fixo (2,1%), e pelo setor industrial, que cresceu 1,8% (os segmentos de energia e de construção cresceram 4,2% e 3,5%, respectivamente). O consumo das famílias (1,3%), gastos do governo (1,3%) e serviços (1%). O agronegócio, um dos motores da economia brasileira, recuou 2,3% no período, devido à natural concentração de atividades no primeiro trimestre e por adversidades climáticas.

Comparação Global: Brasil e Outras Economias

O ministro da Fazenda do Brasil, Fernando Haddad, comemorou o resultado e indicou que o Brasil pode fechar 2024 com um crescimento econômico acima dos 2,8%. Porém, com o aquecimento da economia, a demanda interna cresce acima da média do PIB. No semestre, acumula alta de 2,9%. Devido ao aumento da renda e dos índices de emprego, o consumo das famílias acumulou alta de 4,6% nos primeiros seis meses do ano, o que gera pressão inflacionária. Com esse forte crescimento do PIB do Brasil em 2024, o país se destaca no cenário global, ficando à frente de várias economias importantes.

Impactos do Crescimento Econômico no Brasil

A aceleração da atividade econômica brasileira acima do esperado foi interpretada como um “risco inflacionário” pelo Conselho de Política Monetária (Copom), do Banco Central do Brasil, que, no dia 18/09, o anunciou o aumento de 0,25 ponto percentual na Selic, elevando a taxa básica de juros para 10,75% ao ano. Desde junho, investidores especulavam sobre uma alta na Selic em função de incertezas da gestão fiscal e da alta do dólar.

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